Interstellar – Resenha

Interstellar

Christopher Nolan é o diretor mais genial em atividade, conseguiu construir os melhores filmes de super-heróis, com a trilogia Batman, mostrou o poder dos sonhos em A Origem, e agora volta com o fantástico Interstellar, em que um grupo de cientistas precisam encontrar um novo planeta para humanidade.

Matthew McConaughey interpreta o piloto Cooper, que ao lado da cientista Brand, interpretada por Anne Hathaway, viajam a outra galáxia através de uma dobra no espaço, descoberta em Saturno, para encontrar este novo planeta. Enquanto isto na Terra estão os filhos de Cooper, e o pai de Brand que tenta desvendar a teoria da gravidade.

O começo do filme é um pouco mais contemplativo e misterioso, até que são reveladas as estratégias da NASA, para a secreta missão, e questões sobre tempo e espaço são apresentadas ao espectador, tornando a produção acima da média para a temporada de final de ano.

São nestas questões e nas respostas encontradas que residem o maior trunfo de Interstellar, pois o filme reflete sobre o futuro, sem se apegar ao passado. Temas como amor, tempo, espaço, relatividade são discutidos com propriedade, especialmente quando a personagem de Jessica Chastain, filha do piloto Cooper na fase adulta, entra em cena para tentar desvendar um grande segredo. Experiências e situações inimagináveis são realizadas, personagens se perdem em sua própria loucura, planetas são explorados, o tempo passa mais rápido para uns do que para outros, e o filme deixa uma grande lição em seu final magno.

Os Vencedores de Cannes 2014

Cannes_2014_Poster

Palma de Ouro
Winter Sleep (Kis Uykusu), de Nuri Bilge Ceylan

Grand Prix
The Wonders (Les Merveilles), de Alice Rohrwacher

Melhor diretor
Bennett Miller, por Foxcatcher

Melhor ator
Timothy Spall, por Mr. Turner

Melhor atriz
Julianne Moore, por Maps to the Stars

Prêmio do júri
Mommy, de Xavier Dolan, e Adieu au langage, de Jean-Luc Godard

Melhor roteiro
Andrey Zvyagintsev e Oleg Negin, por Leviathan

Camera d’Or (para diretores estreantes)
Party Girl, de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis

Melhor curta
Leidi, de Simon Mesa Soto

Melhor curta – menção honrosa
Aissa, de Clement Trehin-Lalanne

Prêmio do júri ecumênico
Timbuktu, de Abderrahmane Sissako

Mostra Un Certain Regard

Prêmio Un Certain Regard
White God, de Kornel Mundruczo

Prêmio do júri
Force Majeure, de Ruben Ostlund

Prêmio especial do júri
The Salt of the Earth, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado

Melhor elenco
Party Girl

Melhor ator
David Gulpilil, de Charlie’s Country

Quinzena dos Realizadores

Prêmio Art Cinema Award
Les Combattants, de Thomas Cailley

Prêmio da Society of Dramatic Authors and Composers Prize
Les Combattants

Europa Cinemas Label
Les Combattants

Semana da Crítica

Grande Prêmio
The Tribe, de Myroslav Slaboshpytskiy

Prêmio Visionário
The Tribe

Prêmio da Society of Dramatic Authors and Composers Prize
Hope, de Boris Lojkine

FIPRESCI – Federação Internacional de Críticos de Cinema

Competição
Winter Sleep

Un Certain Regard
Jauja, de Lisandro Alonso

Quinzena dos Realizadores
Les Combattants

Álbum de Família – Resenha

Álbum de Família

O filme “Álbum de Família” baseado na peça, de Tracy Letts, reúne um elenco fenomenal em uma produção que mostra a dura realidade de um ambiente familiar instável e agressivo. A trama inicia com o suicídio do patriarca da família, este evento acaba por reunir toda a família e grandes revelações e acusações são feitas.

O elenco que inclui Meryl Streep (impecável), Julia Roberts (agressivamente inspiradora), Ewan McGregor, Abigal Breslin, Juliette Lewis, Sam Shepard, Benedict Cumberbatch e Chris Cooper mostra um envolvimento natural e mágico, que é notado na cena de jantar em que todos estão reunidos após o enterro, e onde Meryl Streep mostra mais uma vez porque é a maior atriz do nosso tempo.

O motor dramático do filme está nos remorsos, rancores, revelações e acusações que são destiladas durante as duas horas de duração. O roteiro possui diálogos impecáveis, a fotografia transparece o calor e dureza da produção, mas são os atores que mostram a verdadeira força do filme.

O diretor John Wells merece os parabéns, por conseguir fazer cada ator transmitir vivacidade e autenticidade, cada um ao seu tempo, em um elenco cheio de enormes talentos. E deixa claro que falta de transparência em família cria algo tão grande que somente o tempo e a verdade podem curar.

Resenha|Gravidade

Escrever sobre ficção cientifica é entender o mundo como algo em movimento e que busca mudanças constantes. É estar em uma calmaria espacial e preparado para situações impossíveis.

O filme, Gravidade, de Alfonso Cuarón é uma obra-prima, que levará um tempo para ganhar o respeito que merece. Possui uma história com começo, meio e fim surpreendentes, e trata o espaço como um local de escapatória de um mundo selvagem que nos deixa marcas.

É este contexto que os astronautas Ryan, vivida por Sandra Bullock, e Matt Kowalski, vivido por George Clooney, começam a vagar pelo espaço após um grave acidente que os deixa sem contato com a Terra. São situações incríveis e cheias de uma tensão e angústia exorbitantes.

O poder da história se encontra na reflexão que são feitas pelos personagens em sua busca por sobrevivência, em um local inóspito.

Elysium|Resenha

A realidade do ano 2154 apresentada no filme, Elysium, do diretor sul-africano, Neil Blomkamp, impressiona pelo visual detalhista e um roteiro cheio de ação, tensão e alta dose de dramaticidade.

Em 2154 os humanos com maior poder aquisitivo viveram em Elysium, uma espécie de estação espacial criada imitando as propriedades naturais da Terra, depois que a mesma se tornou poluída e quase impossível de ser habitada. Os humanos que ainda vivem nesta Terra poluída, são oprimidos por um sistema que prioriza os mais fortes, e aqui estamos falando de quem pode pagar mais.

Vivendo em condições quase precárias, os humanos são explorados e mal tratados, tanto por autoridades como pelas empresas, entre elas a Armadyne, responsável pelo armamento bélico de Elysium. Com tantas coisas acontecendo jovens rebeldes armados de inteligência tecnológica tentam em vão ir até Elysium e usar o objeto mais cobiçado por todos, uma câmara que cura qualquer doença e prolonga a vida.

Neste contexto temos o personagem de Matt Damon (Max), um jovem que após abuso de seu chefe, sobre exposição fatal a radiação e sua única maneira de viver é usar a cobiçada câmara. Para tanto Max vai até Spider, líder rebelde que tenta derrubar a tirania dos lideres de Elysium, e interpretado com maestria por Wagner Moura. Armado com um exoesqueleto, Max defende Frey (Alice Braga) e sua filha do lunático e violento Kruger e da secretária de segurança Delacourt interpretada por Jodie Foster.

As cenas de ação são perfeitas, o roteiro segura do começo ao final e os efeitos visuais são elementos complementares de luxo. O elenco tem uma mistura de EUA, México e Brasil o que cria uma atmosfera de multicultural e globalizado. E acima de tudo é o verdadeiro cinema norte-americano, mas criado com causa e senso de responsabilidade.

12 Years a Slave

A produção, 12 Years a Slave, do diretor Steve McQueen foi eleita pelo público no Festival de Toronto como melhor filme. No elenco estão Chiwetel Ejiofor, Brad Pitt, Michael Fassbender e Benedict Cumberbatch. O roteiro é de John Ridley.

12 Years a Slave

Festival de Toronto 2013

Imagem

O Festival de Toronto vem se tornando uma lanterna para o OSCAR. Este ano em sua programação teremos;

O Quinto Poder, cinebiografia de Julian Assange, com Benedict Cumberbatch e Daniel Bruhl no elenco e direção de Bill Condon.

August: Osage County, baseado na peça de Tracy Letts, que ganhou o Pulitzer, com Meryl Streep e Julia Roberts no elenco.

12 Years a Slave, com Chiwetel Ejiofor, Brad Pitt, Benedict Cumberbatch, Michael Fassbender e direção de Steve McQueen.

All Is By My Side, Long Walk to Freedom, Can a Song Save Your Life?, Dallas Buyers Club e Life of Crime também estão na programação.

Festival de Veneza de 2013

Dia 7 o júri presidido por Bernardo Bertolucci no Festival de Veneza anuncia o grande vencedor.

Festival de Veneza 2013

Confira a lista completa e faça sua aposta.

Mostra Competitiva

Es-Stouh, de Merzak Allouache (Algéria/França)
L’intrepido, de Gianni Amelio (Itália)
Miss Violence, de Alexandros Avranas (Grécia)
Tracks, de John Curran (Reino Unido/Austrália)
Via Castellana Bandiera, de Emma Dante (Itália/Suiça/França)
Tom at the Farm, de Xavier Dolan (Canadá/França)
Child of God, de James Franco (EUA)
Philomena, de Stephen Frears (Reino Unido)
La Jalousie, de Philippe Garrel (França)
The Zero Theorem, de Terry Gilliam (Reino Unido/EUA)
Ana Arabia, de Amos Gitai (Israel/França)
Under the Skin, de Jonathan Glazer (Reino Unido/EUA)
Joe, de David Gordon Green (EUA)
Die Frau des Polizisten (The Police Officer’s Wife), de Philip Groning (Alemanha)
Kaze tachinu, de Hayao Miyazaki (Japão)
The Unknown Known: the Life and Times of Donald Rumsfeld, de Errol Morris (EUA)
Night Moves, de Kelly Reichardt (EUA)
Sacro GRA, de Gianfranco Rosi (Itália)
Jiaoyou (Stray Dogs), de Tsai Ming-liang (Taiwan/França)

Fora de Competição

Space Pirate Captain Harlock, de Aramaki Shinji (Japão)
Gravity, de Alfonso Cuaron (EUA)
Moebius, de Kim Ki-duk (Coreia do Sul)
Locke, de Steven Knight (Reino Unido)
Yurusarezaru mono (Unforgiven), de Lee Sang-Il (Japão)
Wolf Creek 2, de Greg McLean (Austrália)
Die Andere Heimat — Chronik einer Sehnsucht (Home from Home — Chronicle of a Vision), de Edgar Reitz (Alemanha)
The Canyons, de Paul Schrader (EUA)
Che strano chiamarsi Federico Scola racconta Fellini, de Ettore Scola (Itália)
Walesa. Czlowiek z nadziei (Walesa. Man of Hope), de Andrzej Wajda e Ewa Brodzka (Polônia)
Foras de competição – Documentários
Summer 82 When Zappa Came to Sicily, de Salvo Cuccia (Itália/EUA)
Pine Ridge, de Anna Eborn (Dinamarca)
The Armstrong Lie, de Alex Gibney (EUA)
Ukraina ne Bordel (Ukraine Is Not Brothel), de Kitty Green (Austrália)
Amazonia, de Thierry Ragobert (França/Brasil)
Feng Ai (‘Til Madness Do Us Apart), de Wang Bing (Hong Kong/China/França/Japão)
At Berkeley, de Frederick Wiseman (EUA)

Mostra Horizontes

Je m’appelle Hmmm…, de Agnes B. (França)
Bauyr (Little Brother), de Serik Aprymov (Cazaquistão)
Il terzo tempo, de Enrico Maria Artale (Itália)
Eastern Boys, de Robin Campillo (França)
Palo Alto, de Gia Coppola (EUA)
Ruin, de Amiel Courtin-Wilson e Michael Cody (Austrália)
Mahi Va Gorbeh (Fish and Cat), de Shahram Mokri (Irã)
Vi ar bast! (We Are the Best!), de Lukas Moodysson (Suécia/Dinamarca)
Wolfskinder (Wolfschildren), de Rick Ostermann (Alemanha)
La vida despues, de David Pablos (México)
Algunas Chicas, de Santiago Palavecino (Argentina)
Medeas, de Andrea Pallaoro (EUA/Itália)
Still Life, de Uberto Pasolini (Reino Unido)
Piccola Patria, de Alessandro Rossetto (Itália)
La prima neve, de Andrea Segre (Itália)
Jigoku de naze warui (Why Don’t You Play in Hell?), de Sono Sion (Japão)
The Sacrament, de Ti West (EUA)

Star Trek|Além da Escuridão|Resenha

Star Trek Into Darkness_Poster_2

Em 2009 J.J Abrams revisou o universo rico e imponente de Star Trek, e entregou ao público um filme-origem acima da média, que apresentava as novas gerações os clássicos personagens da série, com suas dúvidas e anseios. Sucesso de bilheteria era claro que uma sequência era esperada.

E agora em 2013 com a história apresentada, J.J Abrams pôde resgatar outros personagens e apresenta-los. E mais uma vez acerta em cheio com um filme excelente, seja em quesitos técnicos ou intelectuais, temos uma produção caprichada. Fotografia, efeitos visuais e roteiros são destaques.

A história apresenta o vilão John Harrison, que é perseguido pela tripulação da Enterprise, após destruir um centro da Frota Estelar em Londres. Preso pela tripulação no planeta Kronos, habitado pelos Klingons, John Harrison revela um grande segredo que se transforma na combustão do filme.

Os clássicos personagens estão de volta; Capitão Kirk, Spock, Uhura, McKoy, Scotty e Sulu e o filme ganha com mais dramaticidade, destaque para Zachary Quinto, como Spock, e uma ação desenfreada. A direção de J.J Abrams é cheia de detalhes e cuidado, não é a toa que ele foi escolhido para comandar a sétima parte de Star Wars, e será o único diretor a ter as duas franquias STARS no currículo.

Guerra Mundial Z|Resenha

World War Z_Poster_2

E afinal o que é um zumbi? No filme de Marc Forster não são seres famintos e sedentos, o que aproxima muito mais da realidade a história baseada nos livros de Max Brooks. O filme mostra uma epidemia que contamina mais de quatro bilhões de pessoas, e começa uma discussão muito interessante, sobre futuro e consumo desenfreado.

O suspense estrelado por Brad Pitt tem muita ação e propõe uma forma de pensarmos se estamos preparados para algo tão grande, que surge sem deixar rastro e acaba com mais da metade da população. Não é um filme de soluções, mas de questionamento, de se fazer necessário em uma hora tão preocupante.

Apoiado em uma trilha-sonora fenomenal e uma fotografia muito instigante o filme alterna momentos de tensão e ação. Os efeitos visuais criados se mesclam com perfeição ao objetivo da produção, e temos aqui mais dos blockbusters Hollywoodianos acima da média. Cinema com conteúdo e qualidade.